quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Auto-Ajuda

Amigos, assim que comecei a escrever o blog, o principal objetivo é de colocar mensagens que pudessem tocar as pessoas e motivá-las a acreditar em seus potenciais e no aprendizado constante da arte de viver, bem como um espaço para que juntos pudéssemos expor nossas idéias e sugestões do nosso cotidiano, família, amor, amizade, companheirismo e dos resultados esperados. Mas em nenhum momento tinha intitulado o mesmo de blog de "AUTO-AJUDA", o que ocorre é que depois de pedir algumas opiniões e avaliações do blog em comunidade no Orkut e de amigos pessoais, recebi feedback de que até o momento o mesmo tinha todo jeito de "AUTO-AJUDA", assim surgiu o tema desta semana, e gostaria de pedir a participação de vocês nos comentários sobre o que vocês acham de livros, blogs e e-mail enviados com mensagens de "AUTO-AJUDA"?

Comentário pessoal:

Uma das críticas que escutei sobre a "AUTO-AJUDA" foi de que a mesma reafirma as concepções alienadas da ordem capitalista, que todos os escritores de "AUTO-AJUDA" só pensam no dinheiro (todos?), que são pessoas quaisquer dando formulas prontas (na maioria o que vejo são profissionais altamente qualificados, doutores, mestres em psiquiatria, psicólogos em PNL, etc.), e quem ler ou busca a "AUTO-AJUDA" é um individualista (quando envio e recebo mensagens de "AUTO-AJUDA" aos amigos não estou compartilhando ou unindo? Quando escrevo no blog não estou socializando?), de que tais livros e mensagens apresentam soluções mágicas para todas as situações (mágicas? Mas quantas não foram e não são de boa utilidade? Não todas, mas quantas pessoas não se beneficiaram com este tipo de leitura?).

E o pior é quem é totalmente contra, que quando identificam a literatura como sendo de "AUTO-AJUDA", ficam simplesmente procurando defeitos, dizendo que quem compra estar em crise, vejam os ensinamentos dos “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” Stephen Covey, com mais de 15 milhões de cópias vendidas e traduzido para 38 línguas, um Best Seller, será que essas mais de 15 milhões de pessoas que compraram são executivos em crises? Eu sou um deles e estou muito bem obrigado!

Não concordo quando falam que os livros de "AUTO-AJUDA" nos dão soluções prontas, porque simplesmente ela desperta em nós a forma de encontrar o que precisamos. Também não concordo com idéias do tipo “Emagreça comendo”, “querendo, você consegue”, realmente fazem com que os críticos encontrem sua energia, como em todo lugar existe o bom e o ruim, o forte e o fraco, o ótimo e o péssimo.

Só sei que aprendi e muito com tais livros de "AUTO-AJUDA", não só, mas em toda literatura, pois gosto muito da leitura, sempre me trás algo de bom para minha vida, novo conhecimento, me faz viver experiências diversas e complexas através da identificação com o texto, é também uma forma de lazer, enriquecimento da linguagem e hoje através da leitura tive a coragem de expor minhas idéias no blog.

Não lembro onde li a seguinte mensagem de "AUTO-AJUDA": “O maior bem que se pode fazer a alguém não é dar a sua riqueza, e sim fazer com que cada um descubra a sua própria”.

Sabemos que cada pessoa interpreta as situações e valores à sua maneira. Só que também aprendi em livros de "AUTO-AJUDA", o pensamento é a forma mais potente de sugestão, que nosso subconsciente possui poderes conhecidos e desconhecidos e que devem ser controlados, para podermos vencer a nós mesmos. Que o subconsciente transforma um desejo ardente em realidade, quando o indivíduo acredita que pode alcançá-lo, porque não? E que não me atrapalha em nada, muito pelo contrário é ter uma atitude mental positiva.

E neste contexto, não podemos esquecer que ao longo da história o homem lutou muito para conquistar o seu direito à liberdade.

Não defendo movimento "AUTO-AJUDA", não sou 100% positivista e ou que todos flutuem na onda motivacional. Estou aqui pra defender o direito a liberdade de expressão, o direito e o dever da leitura como forma de agregação. E aos desavisados: Se "AUTO-AJUDA" é um manual de formulas prontas, poucas palavras repetidas a exaustão para influenciar o leitor, este blog não é de "AUTO-AJUDA", mas por outro lado se "AUTO-AJUDA" é criatividade, aprendizado, pensamento positivo, confiança, fé e conhecimento, podemos assim o conceituar.

Mas prefiro chamar:

∞∞∞∞∞∞ Começando a Viagem ∞∞∞∞∞∞

Um forte abraço!

Idenilson Vieira

SAJ/BA, 07/12/2006

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

O paradoxo de nosso tempo

O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência, porém mais problemas; mais medicina, mas menos saúde.

Dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente oramos.

Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência.

Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida à extensão de nossos anos.

Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho. Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior.

Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluimos a alma. Dividimos o átomo, mas não nossos preconceitos. Escrevemos mais, mas aprendemos menos.

Planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral. Temos mais comida, mas menos apaziguamento.

Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação. Tivemos avanços na quantidade, mas não em qualidade.

Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra nos lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição.

São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados. São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, "ficadas" de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.

É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla DEL.

Autor desconhecido

Um forte abraço!

Idenilson Vieira

SAJ/BA, 01/12/2006