domingo, 21 de janeiro de 2007

Ser Flexível

No trabalho já ouvi pessoas me condenarem por ser muito flexível, logo no inicio da minha carreira como gestor, fui aprendendo que realmente temos que ser flexível e ao mesmo tempo resistente, isso porque muitos confundem ser flexíveis com ser mole, e deixamos muitas oportunidades por esta ambigüidade, mas será que temos que endurecer para que os resultados sejam sempre favoráveis?

Não posso manter meus valores e ser flexível ao mesmo tempo?

Uma coisa que o tempo foi me ensinando é que sempre podemos mudar para melhor, quando fui flexível de mais, seja na vida profissional ou pessoal, me via complacente e ate submisso a certas situações, somente pra agradar e não para expor as minhas opiniões. Fui aprendendo também que nem sempre tenho razão, que meu conceito nem sempre é o certo, que tenho que conviver e aceitar as diferenças e formas de viver do outro, que a razão não existe sem o respeito. Sofri muito querendo estar certo o tempo todo, de que não poderia falhar, de que teria que ser sempre justo com tudo e com todos, eu não respeitava as minhas limitações, e ainda existia (ainda existe um pouco) de que, teria que fazer tudo com perfeição, vocês podem ver como ser flexível tem me ajudado.

Um dos maiores problemas em não ser flexível, é no casamento, quantos de nós já não viveu ou presenciou um casal em discussão: - vamos jantar na casa da minha mãe; - não! Vamos jantar na casa da minha; - No domingo vou ao futebol; - No domingo vamos ao Cinema; e por ai vai, uma falta de complacência e de respeito à individualidade e gosto do outro, o que um bom dialogo e flexibilidade não faria pra um relacionamento.

Precisamos decidir sobre o que é melhor em nossas vidas: ser feliz ou ter razão. Porque não analisar as situações em perspectivas diferentes tentando agradar ao outro e agradar a si mesmo? Ser flexível, mas também não abrir mão daquilo que você acredita e gosta.

Não só na vida profissional, mas também na pessoal, temos que responder rapidamente às mudanças ocorridas no mundo, seja para sair na frente dos nossos concorrentes, como para entender melhor a nova forma de vida dos nossos filhos, portanto, é preciso ser flexível, estar aberto a inovações e a quebra de paradigmas, é aquele que escuta, ouvindo; pensa, ponderando; considera, valorizando; aprende, ensinando e enxerga a crítica como uma oportunidade para a reflexão e o aprimoramento, ou você não vai querer ouvir uma critica do seu filho por hierarquia? Isso mesmo, hierarquia, sabendo que um dia essa hierarquia pode mudar, ou você não vai envelhecer? Será que não vai ser seu filho(a) que um dia vai cuidar de você? Não precisamos impor as nossas idéias e hierarquia, temos que conquistar, ensinar, pedir opinião e chegar a um acordo.

Quando optamos por uma postura flexível, tanto profissional, quanto pessoal, despertamos nas pessoas (colaboradores, filhos, amigos, etc.), confiança, credibilidade, criatividade, porque sabemos permitir, estimular, incentivar e depois cobrar, pois já ocorre de forma espontânea, receptiva e sadia, gerando resultados para ambas as partes.

Vale salientar, que a flexibilidade nunca deve ser praticada em detrimento ao respeito à hierarquia, necessária e salutar, da ordem.

É tudo uma questão de bom senso.

SAJ/BA, 21/01/2007

Idenilson Vieira

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